sexta-feira, 29 de julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aves de Jaú - 1000 postagens



Pouco se conhecia das aves
De um lugar chamado Jaú,
Lá canta o Sabiá, a saíra,
A Juriti e o Jacu.

Paulo teve a ideia
De dizer o que tinha lá
Tratou de fotografar
As aves que começava a avistar

Do surucuá ao urubu,
Fotografou cada aparição,
Criou o blog Aves de Jaú,
Cheio de alegria e emoção.

3 anos se passaram,
1000 postagens também.
Os amigos aprovaram
E, até aqui, não reclamou ninguém.

As postagens chegaram a mil
Mas não foi em vão
É um exemplo no Brasil
De trabalho e determinação.

Paulo não é “apenas um observador”
É um cara de grande coração,
Também é carismático e sonhador
Que fotografa com muita paixão.

Por isso, Aves de Jaú é assim,
Tem postagens do mocho-dos-banhados e do carão,
Do chopim e do vim-vim.
Enfim, é um espaço de reflexão e contemplação.

Texto: Sérgio Leal
Blog: Aves de Alagoas

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aves de Jaú - 1000 postagens

Olá Paulo, parabéns pela excepcional marca. 1000 é coisa de Pelé. É muito post, e sempre de ótima qualidade. Por curiosidade, depois que soube dos 1000 post do Aves de Jaú, fui dar uma olhada no Blog Surucuá para ver quantos posts tinha em seus mais de 4 anos de existência. Foram por volta de 370 posts, o que já achei bastante, 1000 então.
Sou fã do Aves de Jaú desde o primeiro ou dos primeiros posts. Simpatizei, curti, de cara, afinal é sobre aves, uma paixão, e ainda de Jaú. Apesar de eu ser paulistano de nascença e vivença, o dna de Jaú está em minhas células. Jaú me traz sempre uma coisa gostosa, meio inexplicável.
Admiro muito o seu trabalho, sua organização, "seriedade", o amor pelas aves livres. Confesso que invejo suas fotos, as suas e de todos os terráqueos que fotografam aves, pois queria estar no lugar de cada um deles no momento em que avistaram e fotografaram aquela ave.
Acompanhando o Aves de Jaú desde o começo também deu para acompanhar a evolução da qualidade das fotos. No início nós só conseguimos "enxergar" e identificar, pombas, urubus e pardais (exagerando claro), depois a gente vai evoluindo a percepção e qualquer coisa que passe voando ou cantando num raio bem grande a nossa volta já nos chama a atenção, e se a máquima estiver a mão, beleza completa.
Espero estar ao seu lado virtualmente nas próximas 1000 postagens.
Abração e estou muito feliz por saber que você está muito feliz por ter se incumbido de uma tarefa e ter cumprido uma etapa com seriedade, organização, evolução e claro muito prazer.
Abraços


Foto e Texto Luiz Álvaro Toledo de Barros
Blog Surucuá - http://surucua.blogspot.com/

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aves de Jaú: 1000 postagens


"Mil postagens é para poucos! Ainda mais postagens com conteúdo de verdade e original, como é o caso do blog Aves de Jaú. Eu não me lembro quando conheci o blog, mas foi bem no começo. Foi um dos meus primeiros contatos com a observação de aves como lazer. Na época estava cercada apenas por ornitólogos e fiquei encantada em saber que no Brasil haviam pessoas que se interessavam por aves sem nenhum interesse profissional. Mais do que isso, muitas dessas pessoas, como é o caso do Paulo Guerra, acabam engajados na luta pela conservação das espécies que tanto amam e de seus habitats. É preciso conhecer para preservar, e esse é um papel educativo que o blog assume com primor. Parabéns pelo belo exemplo, e muitos anos de vida pela frente para o Aves de Jaú!"
Abraços!

Natália 

Texto e ilustração de Natália Allenspach

domingo, 17 de julho de 2011

Aves de Jaú - 1000 postagens

"Estou aqui para deixar meus agradecimentos e parabéns ao amigo Paulo Guerra pela marca conseguida. Nesses três anos do blog Aves de Jaú já são 1000 postagens, um número bastante expressivo e que mostra toda sua dedicação para com as aves e nós, os observadores, nos mostrando a riqueza da avifauna desse cantinho de São Paulo tão bem representado por seu trabalho. São 1000 postagens que nos permitem conhecer o grande trabalho que vem realizando com as Aves de Jaú. Creio que o blog é um dos precursores de muitos que virão nos divulgando as riquezas da avifauna e a importância de preservarmos o meio ambiente." 

Foto e texto: Felipe Moreira

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Aves de Jaú - 1000 postagens

Aves de Jaú... 1000 postagens!

Apenas uma vez em minha vida, vi o nome de alguém ser tão perfeito : Paulo Guerra. Não "Guerra" no sentido pejorativo, mas no sentido da "busca", da "ação", do "trabalho" por um mundo melhor. Companheiro de luta. Paulo Guerra segurou minha barra várias vezes. Me fez sentir menos louco, menos radical perante a pacata sociedade que tudo reclama mas nada faz. Um dos exemplos mais claros de sua espiritualidade e do seu bom senso é o trecho que ele me escreveu abaixo: "Penso decisivamente, que a observação de aves é fonte de imenso prazer. Hoje fui à Reserva Amadeu Botelho com a Edilene e pude sentir na plenitude a comunhão com a natureza: o clima, o odor, os sons, o visual, os detalhes, a imensa riqueza, enfim o caminhar. Como faz bem a alma através das sensações corpóreas. Estou inspirado. Havia uma dificuldade natural em registrar, mesmo com câmera boa, flash, pois as copas das árvores são muito altas. Porém, não enxerguei nisso uma barreira e sim uma condição de elevação a um pensamento superior: nada é por acaso. A partir disso quero expor, que a observação de aves é uma atividade que podemos desenvolver e aguçar todos os nossos sentidos, participar de algo muito maior que nós mesmos, sair do nosso recorrente auto-centrismo, subverter a ordem e apostar nas infinitas possibilidades de transformação, seja do material ou da esfera imaterial. Mais ainda, que o simples fato de ofertar um alimento, reverenciar a existência de um ser já seria ir na contramão do que assistimos aturdidos todos os dias."



 Dá para não ser amigo ou não se orgulhar de ser companheiro de luta e "irmão" de um cara como esse? 





Grande abraço Paulo. Parabéns pelas 1000 postagens em favor da vida e vamos para a "guerra" em busca da paz para todos os seres vivos desse planeta... 



João Marcelo da Costa - Reserva Guainumbi 


(Foto e texto de João Marcelo da Costa)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Aves de Jaú - 1000 postagens


Mil Posts! Este número expressa o tamanho do entusiasmo, da força de vontade e do amor pela avifauna que o meu amigo Paulo Guerra carrega no peito. 
Amor com respeito, pois sem respeito não há amor. Respeito à liberdade das nossas amigas que voam com graça e nos permitem observá-las e nos encantar. Este número não me surpreende, porque conheço este guerreiro e sei que o quanto ele se empenha para divulgar estas criaturas maravilhosas que enriquecem a natureza do nosso país e que na maioria das vezes nem são conhecidas. Paulo, parabéns por esta marca e obrigado por fazer parte deste grupo de amantes das aves! 


Um grande abraço, 


Reinaldo Guedes 
Administrador do WikiAves.com 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aves de Jaú - 1000 postagens


Aves de Jaú completando 1000 postagens... Fico pensando quantos blogs eu conheço que atingiram tal longevidade. A razão eu acredito que saiba, e muito bem. Conheço o criador do blog, meu amigo Paulo Guerra, já há quase cinco anos, desde os tempos do saudoso site Aves Brasil. Paulo sempre se mostrou como um guerreiro, amante das aves, e em especial das aves de Jaú, às quais dedica especial atenção, fotografando-as e divulgando-as, tanto em sua cidade como para todo o Brasil. Num momento em que o nosso país passa por terriveis devastações, não só na Amazônia, como também nos outros biomas, que levam à diminuição do habitat das aves, iniciativas como o blog Aves de Jaú, mantidas desinteressadamente por pessoas como o Paulo Guerra ( o nosso PG! ) são de fundamental importância. Acredito firmemente que esse blog é um exemplo a ser seguido, e que se Deus quiser, com mais e mais pessoas realizando atividade semelhante em suas cidades nas diversas regiões do Brasil, ainda vamos virar esse jogo, e conseguir conscientizar milhões de brasileiros das maravilhas que os cercam, e que estão sendo destruídas pelas forças da ignorância. Conscientizar, mais do que nunca, é preciso.

Grande abraço, PG!

Texto e foto de Luiz Ribenboim

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Estado de Minas - Ciência e Tecnologia: Canto de alguns pássaros segue as regras de sintaxe, como os humanos

Segundo pesquisadores japoneses, em seu canto, os sons são espaçados, como em uma divisão silábica, e emitidos na ordem certa, para que façam sentido


Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Publicação: 30/06/2011 08:35 Atualização: 30/06/2011 08:36


Exemplares de pássaro manon: capacidade de perceber alterações na sequência de notas em uma música

Donos de animais de estimação costumam jurar que entendem o que seus bichinhos querem dizer. De fato, pesquisadores do Instituto Max Planck, na Alemanha, fizeram experimentos com cachorros e provaram que eles conseguem compreender algumas palavras e são capazes de expressar, pelo tipo de latido, sensações como medo, fome ou vontade de descer. E para por aí sua riqueza vernácula. Isso, no caso dos cães. Porque uma nova pesquisa, publicada na revista especializada Nature Neuroscience, mostra que, como os humanos, os pássaros têm noções gramaticais.

As aves podem não conjugar verbos no pretérito mais-que-perfeito do indicativo ou saber a diferença entre grafemas básicos sem diacríticos e vogais com acento agudo ou circunflexo. Mas, no seu canto, obedecem a regras de sintaxe. Ou seja, para que o "piu-piu-piu-piu" faça sentido, os sons precisam seguir uma ordem que torne o canto compreensível. Não basta abrir o bico e simplesmente deixar a música sair."Uma das características únicas da comunicação humana pela linguagem é o processo gramatical, as regras hierárquicas que ordenam elementos como as palavras", diz ao Estado de Minas Dai Watanabe, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade de Kyoto, no Japão. Segundo ele, as vocalizações dos pássaros e o discurso humano compartilham muitas características. As músicas das aves canoras consistem em sucessões de sílabas, separadas por um intervalo silencioso. Algumas espécies, como os pássaros manon (Lonchura striata var. domestica), conseguem executar canções complexas do ponto de vista semântico. "As sequências de sílabas em seu canto são variáveis, mas eles as pronunciam de forma não aleatória, indicando que os pássaros canoros têm níveis de organização sintática como os observados na linguagem humana", completa Watanabe."Apesar de muitos animais, como cachorros, papagaios e macacos, serem conhecidos por interpretar e construir ‘frases’, além de reconhecer palavras humanas para objetos, apenas o pássaro manon exibe uma forma gramatical em seu discurso. Esses animais têm uma habilidade natural de processar as estruturas sintáticas em seus cantos", diz ao EM Kentaro Abe, também pesquisador da Universidade de Kioto e coautor do artigo. Ele conta que um estudo anterior mostrou que a espécie estorninho-comum (Sturnus vulgaris) pode ser treinada para discriminar sequências auditivas com a estrutura AnBn (por exemplo: AB, AABB, AAABBB) daquelas (AB)n (como AB, ABAB, ABABAB), onde cada letra significa uma vocalização. As estruturas têm um fonema diferente e o pássaro sabe diferenciá-los. "Esses resultados desafiaram a visão tradicional de que processar uma sequência é uma habilidade única dos humanos."Abe e Watanabe descobriram que o pássaro manon faz essa distinção porque está atento às regras da sintaxe. "Ao analisar como, espontaneamente, discriminam dos estímulos auditivos, descobrimos que esses pássaros usam uma ordem de sílabas para interpretar cantos específicos. Eles também conseguem adquirir regras gramaticais a partir de sílabas sintentizadas por cordas (música tocada por instrumentos musicais) e, novamente, discriminam a informação de acordo com essas regras", diz Abe. "Nosso estudo sugere que pássaros canoros e humanos têm muitas similaridades na sua percepção da informação auditiva, o que levanta a dúvida sobre algo considerado uma característica única da linguagem humana."No laboratório Para descobrir o senso sintático dos animais, a equipe de Abe coletou exemplares selvagens e os isolou em uma câmera acústica em laboratório. Primeiro, os cientistas tocaram músicas com as quais os pássaros não estavam habituados. Isso gerou reações. Toda vez que ouviam os sons estranhos, eles reagiam com vocalizações. Mas, depois de repetir as canções diversas vezes, os manons pareceram habituados e pararam de reagir. Então, os pesquisadores alteraram a ordem das sílabas das músicas e observaram uma estranha reação. Toda vez que um fonema diferente do original aparecia, o pássaro começava a vocalizar, como se estivesse avisando que aquilo estava errado. Se a música voltava ao normal, ele ficava quieto.Especialista em cantos dos pássaros, a bióloga Constance Scharff, da Universidade de Berlim, foi convidada pela Nature para comentar o resultado. A pesquisadora, que tem vários trabalhos tentando desvendar a vocalização dos canoros, mostrou-se entusiasmada. "Foi um experimento genial, mostrando que os pássaros são sensíveis a mudanças sintáticas. Mais e mais, estamos percebendo semelhanças entre humanos e animais. Infelizmente, para alguma pessoas, constatar isso não é fácil", comentou, na revista.

Fonte da notícia(texto e imagem) em 04/07/2011:
Estado de Minas - Ciência e Tecnologia: Canto de alguns pássaros segue as regras de sintaxe, como os humanos

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Coleirinho - Luiz Gama

Coleirinho 


 Luiz Gama

Assim o escravo agrilhoado canta. 
Tibulo 

Canta, canta Coleirinho,
Canta, canta, o mal quebranta;
Canta, afoga mágoa tanta
Nessa voz de dor partida;
Chora, escravo, na gaiola
Terna esposa, o teu filhinho,
Que, sem pai, no agreste ninho
Lá ficou sem ti, sem vida.

Quando a roxa aurora vinha
Manso e manso, além dos montes,
De ouro orlando os horizontes,
Matizando as crespas vagas,
— Junto ao filho, à meiga esposa
Docemente descantavas,
E na luz do sol banhavas
Finas penas — noutras plagas.

Hoje, triste já não trinas,
Como outrora nos palmares;
Hoje, escravo, nos solares
Não te embala a dúlia brisa;
Nem se casa aos teus gorjeios
O gemer das gotas alvas
— Pelas negras rochas calvas —
Da cascata que desliza.

Não te beija o filho tenro,
Não te inspira a fonte amena,
Nem da lua a luz serena
Vem teus ferros pratear.
Só de sombras carregado,
Da gaiola no poleiro
Vem o tredo cativeiro,
Mágoa e prantos acordar.

Canta, canta Coleirinho,
Canta, canta, o mal quebranta;
Canta, afoga mágoa tanta
Nessa voz de dor partida;
Chora, escravo, na gaiola
Terna esposa, o teu filhinho,
Que, sem pai, no agreste ninho
Lá ficou sem ti, sem vida.



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